Cuidado com as renegociações de dívidas bancárias
Nesse cenário de graves repercussões econômicas ocasionadas pela Pandemia do Coronavirus (COVID-19), os níveis de endividamento já estão bastante inflados. Conforme pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio, o endividamento dos brasileiros atingiu um recorde no mês de março deste ano, passando para 66,2% o número de famílias endividadas.
Da mesma forma, o nível de inadimplência das famílias cresceu para 25,3% em março. Tais níveis, infelizmente, tendem a aumentar. Esses indicadores sinalizam para se tomar todo cuidado, especialmente no que se refere a renegociações das dívidas bancárias. Em situações de crise econômica como a que estamos agora experimentando, é bastante comum que devedores entrem em desespero diante da impossibilidade de pagar suas obrigações.
Isso faz com que muitas decisões acabem sendo tomadas sem análise racional, consciente e equilibrada, fazendo com que os devedores procurem resolver, emergencialmente, a situação do “agora” (livrar-se da dívida que está batendo à porta), mas sem considerar que logo à frente a dívida irá retornar em montantes ainda maiores, possivelmente prejudicando a capacidade de pagamento.
Livrar-se do problema atual através de renegociação mal refletida só servirá para agravar o endividamento, em futuro bem próximo e com o risco de tornar impagável a dívida.Recomenda-se, portanto, muito cuidado com as renegociações bancárias, justamente para não inflar ainda mais a dívida com juros sobre juros (a conhecida “bola de neve”) ou mesmo assumir obrigações desnecessárias.
Consulte um profissional de sua confiança para ajudá-lo a tomar a melhor decisão!
Fonte: Paulo Rogério De Souza Milléo – OAB/SC 7654
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